sexta-feira, 1 de março de 2013

A Terra e seus visitantes espaciais

No dia 15 de fevereiro de 2013 a expectativa era de que a notícia do dia seria a passagem “de raspão” de um asteroide de 45 metros pela órbita da Terra. Porém, a queda inesperada de um meteoro de 15 metros na Rússia roubou a cena e acordou a humanidade para um risco real: de o planeta ser atingido por objetos espaciais, com conseqüências potencialmente destrutivas.

As agências espaciais possuem programas de monitoramento permanente desses possíveis “visitantes” espaciais. Mas o que realmente são esses objetos?

Cometas

Cometas sempre foram objetos que despertaram uma profunda curiosidade. Inicialmente, acreditava-se que fossem fenômenos atmosféricos, ou sinais dos deuses para determinar o destino dos homens, trazendo sorte ou tragédias. Os cometas são “bolas de gelo sujo” formadas por uma mistura de gelo, gases congelados e poeira, sendo restos de formações do Sistema Solar.

Um cometa é composto por três partes:

NÚCLEO – é a parte sólida, correspondendo  a uma espécie de gelo sujo que, ao aproximar do Sol, dá origem à cabeleira e cauda.

CAUDA - a cauda é provocada pela ação dos  ventos solares. Por isso nas proximidades do Sol a cauda aumenta, pois a densidade dos ventos solares é maior.

CABELEIRA ou COMA - aparece sob a forma de nebulosidade sobre o núcleo. Como uma espécie de atmosfera que pode ter seu volume muito maior que a Terra.


Acredita-se que os núcleos dos cometas estão vagando pelo espaço fora do sistema solar. O Cometa Halley , o mais popular, foi  identificado em 1682 pelo astrônomo e matemático inglês Edmund Halley, passa pela Terra a cada 76 anos.

Meteoros

Conhecidos popularmente como estrelas cadentes, consistem em um fenômeno luminoso provocado pela entrada na atmosfera de fragmentos sólidos (rochosos ou metálicos) oriundos do espaço, denominados meteoroides. Ao passarem pela atmosfera, a grande força de resistência oposta pelo ar provoca uma enorme elevação de temperatura nos meteoros, tornando-os incandescentes.


Meteoro foi o nome dado pelos gregos aos fenômenos atmosféricos (do grego: metéoros = coisas do ar), assim, a chuva, o vento, o rastro de um meteorito, uma nuvem ou um arco-íris podem ser chamados de meteoros, já que são fenômenos que ocorrem dentro da atmosfera. Daí vem o nome meteorologia, dado à ciência que estuda os fenômenos atmosféricos.

Para avaliar quantos pequenos meteoritos caem sobre a Terra diariamente, faça uma experiência interessante. Coloque um imã forte no cano de descida das águas de chuva de um telhado grande. Como a maior parte dos meteoritos contém ferro e níquel, eles vão aderir ao imã

Se um pedaço de meteoro “sobreviver” e conseguir chegar à superfície, então será chamado de meteorito. Milhões de meteoritos atacam a Terra todos os dias ( a maioria deles é do tamanho de um grão de areia).

Bendegó é o maior meteorito brasileiro conhecido até o momento. Pesa 5,36 toneladas e mede 2,15m x 1,5m x 65cm. Foi encontrado em 1784 no Sertão Baiano.  A julgar pela camada de 435 cm de oxidação sobre a qual ele repousava, e a parte perdida de sua porção inferior, calcula-se que estava no local há milhares de anos

Asteroides

Os asteroides são formados por rocha e metal, que possuem órbita definida ao redor do Sol e cujos tamanhos podem variar (de Ceres, que tem um diâmetro de cerca de 1000 km, até o tamanho de pedregulhos). Acredita-se que os asteroides sejam restos do processo de formação do Sistema Solar há 4,6 bilhões de anos.

A maioria dos asteroides fica num cinturão localizado entre Marte e Júpiter. Alguns escapam de sua órbita e acabam se aproximando da Terra, sendo uma ameaça para nós. Alguns chegaram até mesmo a atingir a Terra em tempos passados. Um dos exemplos dos mais bem preservados é a Cratera de Meteoro Barringer, perto de Winslow, Arizona.


A criação de um sistema para evitar o choque de asteroides com a Terra é debatida no meio científico há muito tempo. Alguns especialistas propuseram enviar uma sonda para circundar um asteroide perigoso e gradualmente modificar sua trajetória. Outros sugeriram enviar uma nave espacial para colidir com o asteroide  ou ainda empregar armas nucleares. Os filmes de ação de Hollywood “Impacto profundo” e “Armageddon” eram ambos sobre missões espaciais com o objetivo de evitar colisões catastróficas.


Atualmente, astrônomos estão acompanhando a trajetória de um asteroide que poderia colidir com a Terra em 2036 - embora o risco de que isso ocorra seja mínimo. Seu nome é Apophis, possui cerca de 350 metros de diâmetro e foi descoberto em 2004.

Nenhum comentário: