domingo, 3 de março de 2013

Mafalda: Geografia e muita reflexão


Quadrinhos e cartuns podem proporcionar uma relação ensino-aprendizagem mediada pela análise questionadora dos alunos. Podemos observar que vários livros didáticos de Geografia utilizam charges, cartuns e tiras de quadrinhos para ilustrar conteúdos desta disciplina.

E, ao falar de análise questionadora, é impossível não lembrar das famosas tirinhas de Mafalda e de seu posicionamento inteligente e curioso diante das "questões dos adultos".


Mafalda, escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino, foi publicada regularmente em 29 de setembro de 1964  pelo Semanário “Primera Plana”. Um pouco antes, tinham sido publicadas três tiras no suplemento humorístico da revista Leoplán, até terminar em julho de 1973 com mais de 3 mil tiras.

Mafalda, uma menina de seis anos de idade (que odeia sopa, adora Beatles e o desenho do Pica-pau) é uma observadora muito perspicaz do que se passa no Mundo, sendo uma crítica implacável da sociedade. A adaptação aos desenhos animados aconteceu em 1993, na Espanha, quando se produziu uma série de 104 episódios de um minuto cada um.

Os quadrinhos da Mafalda são incríveis, sendo pontos de partida para trabalhar temas tais como: território, economia, sociedade, meio ambiente, política, demografia, clima, cartografia, consumismo, globalização, geopolítica, cultura, entre outros.





Os demais interlocutores são cheios de significados, transmitindo características típicas de personagens reais da sociedade.

São eles:


Pelicarpo: Pai de Mafalda que trabalha numa companhia de seguros e entra em crise quando repara na sua idade.

Raquel: Mãe de Mafalda e típica dona de casa que não completou os estudos e entra em conflitos constantes com a filha.

Guille: O irmão caçula da Mafalda, esperto para sua idade, é retratado como uma criança que começa a perceber o mundo.

Miguelito: Amigo de Mafalda e filho único. Possui uma personalidade única, mas com um coração enorme. Miguelito tem dificuldade de compreender o que Mafalda pensa, sempre os analisando de maneira literal.

Filipe: Um sonhador que odeia a escola, mas que freqüentemente trava intensas batalhas com sua consciência e seu senso nato da responsabilidade.

Manolito: O filho de um comerciante, mais preocupado com os negócios e dinheiro do que com outra coisa. Representa o conservadorismo capitalista na obra, apenas pensando no lucro do armazém de seu pai.

Susanita: Uma menina fútil. Seu único objetivo na vida é encontrar um marido rico e de boa aparência quando crescer. É uma grande fofoqueira e egoísta.

Burocracia: É a tartaruguinha dada por seu pai a Mafalda e Guille. Recebeu esse nome por ser muito vagarosa.

Liberdade: Uma minúscula menina que gosta das coisas simples da vida. Seus pais são jovens idealistas e moram em um pequeno apartamento.

Fonte das figuras: Quino.

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