sexta-feira, 17 de maio de 2013

Alfred Wegener e a Tectônica de Placas



Alfred Lothar Wegener (1880 – 1930) foi um geógrafo e meteorologista alemão. Um gênio visionário que propôs a famosa Teoria da Deriva Continental. Ele também foi pioneiro na utilização de balões meteorológicos no estudo das massas de ar.

Realizou várias expedições à Groenlândia, sendo a última em 1930. Ao regressar dessa última, uma expedição de salvamento, acabou morrendo de hipotermia. Seu corpo só foi encontrado seis meses mais tarde, e enterrado em um mausoléu de gelo erguido lá mesmo.

Wegener não foi o primeiro a sugerir que os continentes estiveram ligados em outros tempos, mas foi o primeiro a apresentar provas extensas de vários campos de estudo. Em 1912, em Marburg, Wegener pesquisava na biblioteca da universidade quando se deparou com um artigo científico que registrava fósseis de animais e plantas idênticos encontrados em lados opostos do Atlântico. Intrigado com esse fato, Wegener iniciou uma pesquisa:
  • Descobriu que grandes estruturas geológicas em diferentes continentes pareciam ter ligação. Por exemplo, os Apalaches na América do Norte ligavam-se às terras altas escocesas e os estratos rochosos existentes na África do Sul eram idênticos àqueles encontrados em Santa Catarina no Brasil.
  • Percebeu as semelhanças entre as costas de alguns continentes, em especial da África com a América do Sul.
  • Ao encontrar vestígios de glaciares em continentes com clima tropical, Wenener admitiu que no passado esses continentes ocupassem outra posição possivelmente mais próxima da Antártida.
  • O meteorologista constatou também que fósseis muitas vezes encontrados em certos locais indicavam um clima muito diferente do clima dos dias de hoje. Por exemplo, fósseis de plantas tropicais encontravam-se na ilha de Spitsbergen no Ártico.
  • Descobriu também que rochas com a mesma idade e do mesmo tipo se formaram ao mesmo tempo numa altura em que os continentes tinham estado juntos.

Todas essas evidências davam suporte à Teoria da Deriva Continental. Mas a comunidade científica (os geólogos, especialmente os norte-americanos) queria saber qual era a força que havia levado os continentes a se separar. Ninguém tinha a resposta na época e as idéias de Wegener caíram na obscuridade. 

Nos anos 50 do século XX, graças em grande parte às imagens de satélite, os cientistas começaram a conhecer o fundo dos oceanos. Surgiram evidências cada vez mais seguras de que as grandes massas continentais realmente se moviam. Foi então que, na década de 60, foi comprovado o movimento entre as placas tectônicas.



As placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras.

Zonas de divergência: as placas tectônicas afastam-se umas das outras.

Zonas de convergência: as placas tectônicas se aproximam, sendo pressionadas umas contra as outras. Esse fenômeno pode ser de subducção ou obducção.
  • Subducção – as placas movem-se uma em direção a outra e a placa oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa).
  • Obducção ou colisão – choque entre duas placas na porção continental. Acontece em virtude da grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo.
Uma das últimas fotos de Wegener
“A ciência é um processo social. Decorre numa escala temporal mais longa do que a vida humana. Caso eu morra, alguém ocupará o meu lugar. Se tu morreres, alguém ocupará o teu. O que realmente é importante é que alguém faça o trabalho"
(Alfred Wegener)

5 comentários:

Unknown disse...

Mt Obrigada Vc me ajudou muito com minhas anotações

Anônimo disse...

Parabéns pela iniciativa! precisamos de mais professores assim!

Prof Edú disse...

Tuas postagens e artigos são de grande importância para nós professores que dispomos de poucos recursos em muitas Escolas.

Prof Edú disse...

Excelentes conteúdos para quem dispõe de poucos recursos em suas Escolas.

Tio Mimi disse...

Muito bom! Compus uma canção sobre Pangeia :) Mas tenho uma dúvida: por que o "i"? Não seria mais lógico, de acordo com a origem grega, "pangea"?