domingo, 23 de junho de 2013

Furacões: formação e classificação

Os furacões necessariamente surgem sobre o oceano, pois dependem de duas coisas: a forte condensação de vapor d'água em altas atitudes e a presença de água quente na parte de baixo, que ajudará a alimentar o sistema.

O processo de condensação em altas altitudes, iniciado pelo calor proveniente do Sol, gera energia mecânica, que aumenta a velocidade dos ventos. Com água quente abaixo dele, o sistema entra numa retroalimentação positiva e "ganha vida", produzindo convecção (a região da atmosfera afetada pelo fenômeno basicamente se mistura, com o que está embaixo indo para cima e depois descendo, em movimento circular). 

O processo só será interrompido quando o furacão, ao avançar em sua trajetória, atingir a costa. Sem água embaixo para alimentá-lo, ele logo perde energia e se dissipa. Por essa razão os furacões produzem grandes estragos nas regiões mais próximas da costa, mas não conseguem atingir áreas que ficam muito longe do mar.

Os nomes dos furacões são escolhidos por um comitê da Organização Meteorológica Mundial. Existem seis listas prontas com nomes que abrangem todas as letras do alfabeto. As listas intercalam nomes de homens e mulheres. Antes os nomes dos furacões eram dados de acordo com o nome do santo do dia em que tocavam a terra e, até 1950, os meteorologistas usavam números para identificar tempestades tropicais.

Nomes para furacões até 2017

Em 1953, todas as tempestades tropicais observadas, passaram a receber nomes femininos, em ordem alfabética. Em 1979, foram incluídos os nomes masculinos. A Organização Meteorológica Mundial levou em consideração, então, nomes que possam ser bem compreendidos em inglês, espanhol e Francês. Essas regras valem para o Atlântico e o Pacífico Norte. Os furacões e Tufões reportados a oeste do Pacífico, no Índico, além da Oceania têm suas próprias regras de classificação.

Apesar da existência da lista, os nomes são trocados nos casos em que a tempestade causar danos de grandes proporções para a sociedade, envolvendo mortes e desabrigados. Um exemplo de nome retirado da lista foi o Katrina, que destruiu uma parte da costa dos Estados Unidos em 2005.

O vocábulo furacão tem origem no nome do deus Huracan, comum na maioria das línguas faladas na península de Iucatã na América Central, principalmente pelos Maias. Segundo a mitologia Maia o deus Huracan se incumbia da constante tarefa de destruir e reconstruir a natureza e, por esta razão, possivelmente, foi associado às tormentas e tempestades. Os conquistadores espanhóis passaram a usar essa palavra para designar grandes tempestades e assim a mesma foi transmitida para outros idiomas.

Furacões são classificados em cinco categorias, dentro de uma escala chamada Saffir-Simpson, que considera a pressão medida no centro do fenômeno, velocidade dos ventos e tempestades provocadas pelo furacão. 

Um furacão considerado categoria 1 é o mais fraco, e causa pequenos danos materiais, e o de categoria 5, o mais forte, com ventos que ultrapassam os 249 km/h, pode destruir tudo o que estiver pelo seu caminho.

Veja quais são a velocidades dos ventos e os estragos causados por furacões, de acordo com sua categoria:


O olho é uma região localizada no centro do furacão e onde as condições climáticas são mais amenas. É uma região grosseiramente circular e geralmente com 30 a 60 km de diâmetro. Porém está circundado por um anel de violentas trovoadas em que ocorrem os fenômenos climáticos mais severos. Ao lado, uma imagem feita pelo astronauta Douglas Wheelock e divulgada pela Nasa mostra o furacão Earl a nordeste de Porto Rico em 30 de agosto de 2010. Com ventos de 215 Km/h, a tempestade foi classificada como de categoria 4 na escala de furacões Saffir-Simpson quando passou pelas Ilhas Virgens.

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